25 de setembro de 2009

Resenha: A INCLUSÃO QUE É “NOSSA” E A DIFERENÇA QUE É DO “OUTRO”, Skliar, C.

Por Grace Kelly Luz e Débora Sucupira
O capítulo escrito por Carlos Skliar, pesquisador da área de Educação da Facultad Latinoamericana de Ciências Sociales (Flacso), Argentina, questiona a respeito da educação especial e a crise da “normalidade” considerando os argumentos da pedagogia e as suas (aparentes e permanentes) mudanças, termos descritos pelo próprio autor no desvelar das suas idéias que conduzem a uma reflexão que coloca sob suspeita as conceituações sobre “problemáticas” inerentes à educação especial para além de uma questão de paradigmas; assim como discute, pensando, antes de mais nada, na complexa relação e/ ou oposição entre a questão do outro e a obsessão pelo outro:
“A pergunta que gostaria de fazer neste texto bem poderia ser: constituem os argumentos da diferença, da preocupação com o outro, do respeito, da aceitação, do reconhecimento, da tolerância etc. um novo argumento educativo ou trata-se, mais uma vez, do velho e conhecido argumento da oposição binária entre exclusão e inclusão...Os “diferentes” respondem a uma construção, uma invenção, quer dizer, são reflexo de um largo processo que poderíamos chamar de “diferencialismo”, isto é, uma atitude – sem dúvida do tipo racista – de categorização, separação e diminuição de alguns traços, de algumas marcas, de algumas identidades, de alguns sujeitos, em relação ao vasto e por demais caótico conjunto de diferenças humanas... A meu ver, as diferenças não podem ser apresentadas nem descritas em termos de melhor e/ ou pior, bem e/ ou mal, superior e/ ou inferior, positivas e /ou negativas, maioria e/ ou minoria etc.São, simplesmente – porém não simplificadamente - , diferenças. Mas o fato de traduzir algumas dessas diferenças como “diferentes” – e já não simplesmente como diferenças – volta a posicionar essas marcas, essas identidades, esse “ser diferença” como contrárias, como opostas e negativas à idéia de “ norma”, do normal e, então, daquilo que é pensado e fabricado como o “correto”, o “positivo”, o “melhor” etc”.
O autor utiliza uma linguagem elaborada, às vezes exemplificativa, em uma constante crítica-reflexiva às contruções sobre as facetas da diferença e da inclusão, principalmente pela questão do matiz educacional, em meio ao desmascaramento dos estereótipos dos “padronismos” e “diferencialismos” e seus significados, conduzindo o leitor à elaboração de uma leitura desmistificadora, que traz o suspeitar de conceituações resolutivas ou investigativas, proporcionando novos olhares na relação diferença-inclusão eu e o outro. Nessa perspectiva, no mais das vezes, Skliar traz uma escrita densa e complexa em meio às argumentações.

Relato de David Farias Falcão: um dos fundadores da ADFC


Por Débora Sucupira e Grace Kelly Luz

A ADFC surgiu da iniciativa de quatro irmãos deficientes: David, Geraldo Júnior, Lídia e Ana Falcão que sofrendo na pele a discriminação e a falta de atenção do poder público e sociedade geral resolveram fundar em 1º de maio de 1988 a ADFC, com o objetivo de defender a classe dos deficientes físicos do Ceará. Alguns anos depois conseguiram um terreno da Rua Alcides Santos, nº 51, bairro Parangaba, onde com muita luta conseguiram construir o 1º abrigo para deficiência do Estado do Ceará e anexo à sede. Hoje funcionando no horário comercial, atendendo pelo telefone: 3232 – 7873.
HISTORICO ADFC
A ADFC - Associação dos Deficientes Físicos do Ceara é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, que desde 01 de Maio de 1988, vem desempenhando papel expressivo na cobrança dos direitos dos deficientes em diversas áreas.
• Saúde: doações de cadeiras de rodas, muletas, colchões d'água e cestas básicas.
• Acessibilidade: fiscalização de obras publicas e privadas, atendimento preferencial em caixas, 20 anos de luta pelo passe livre.
• Educação: reforçando a luta por educação inclusiva que não comprometa a integridade física e moral dos alunos, quer deficientes ou não; levando a palestra educativa as escolas com tema "0 Deficiente e a Sociedade" maneira que encontramos para conscientizar 0 futuro cidadão de como lidar com 0 deficiente.
• Trabalho: pioneirismo no convenio com a Prefeitura Municipal de Fortaleza desde Agosto de 1996, criando 70 vagas para deficientes e mais tarde outro convenio com mais 6 vagas, totalizando ate hoje, com outras parcerias mais de 300 pessoas já passaram por essas vagas, conquistando sua independência, 0 sustento de suas famílias do próprio salário. Este ano completamos 16 anos de atividade, já alcançando em torno de 1.000 atendimentos, o que nos deixa feliz com a eficácia de nossos serviços, mas não para por ai. A ADFC ha 5 anos esta construindo 0 1º Albergue para deficientes carentes do Ceara, mais um projeto pioneiro que trará qualidade de vida, resgate de auto-estima a 17 deficientes moradores de rua. Mais de 80% desta obra já está construída através da venda de canetas na Av. Beira Mar, doações voluntarias e das palestras nas escolas.
Aí vai o link do vídeo do youtube que fala da Associação.
http://www.youtube.com/watch?v=8i3WGkplAuI

24 de setembro de 2009

ENTREVISTA EDUCADOR E PSICOMOTRICISTA GENIVALDO MACÁRIO


Por Suellen Souza e Hulda Rodovalho


Genivaldo Macário de Castro: Mestre em Educação, graduado em Educação Artística pela UFPI, Artista plástico, Especialista em Psicopedagogia pela EPCE, Psicomotricidade pela UECE, Psicomotricista do CAS/CE, Arte Terapeuta e docente da Formação em arte Terapia do Instituto Aquilae.

Como é realizado o trabalho no CAS (Centro de formação e atendimento ao surdo)?
“O CAS é voltado para a formação de professores e atendimento de pessoas surdas.Nosso trabalho é todo voltado para o trabalho com o surdo como também o atendimento de psicopedagogia, psicomotricidade, fonodiologia e psicologia para os surdos.Oferecemos cursos de Libras para surdos, familiares e para sociedade, cursos de formação:Psicomotricidade e desenvolvimento da criança surda, curso de Arte-Educação para professores que trabalham ou tem interesse de trabalhar com surdos.Ou seja todo um programa voltado para atender os surdos, familiares e educadores.”

Como é a distribuição das vagas dos cursos?
“Os cursos são oferecidos para professores da rede pública de ensino que trabalham com surdos e uma outra porcentagem e oferecida para a comunidade.”

O CAS é mantido por quem?
“O CAS é uma instituição Estadual de unidade única para o atendimento de todo o Ceará, no que se refere a atendimento a crianças surdas e professores que trabalham ou desejam trabalhar com crianças surdas.”

Para ser atendido pelo CAS o que é necessário?
“Para ser atendido lá basta ir, e quando a demanda é muito grande fica na fila de espera.Mas lá é para atender a todos.”

Porque os surdos são tão organizados?
“Hoje existe um movimento da cultura surda muito organizada, com associações e organizações.E isso deve-se ao fato de eles querem estar onde eles podem se comunicar, eles querem compreender, pois existe uma escala muito pequena de ouvintes que falam libras, que dominam é bem menor, que conhecem um pouquinho é mais ou menos e os que fizeram curso sabem até dar um bom dia ou boa tarde mas quando a conversa se estica acabam se perdendo.É muito chato você está conversando com alguém que não te entendi, não gera comunicação, interação, não a ganho nenhum nessa comunicação.Como qualquer outra pessoa eles querem estar onde são compreendidos e aceitos.”

Genivaldo, qual é o trabalho que você realiza no CAS?
“Eu trabalho com cursos para professores, educadores de surdos e professores da escola de surdos, no sentido de está cada vez mais convidando eles para refletir sobre a experiência docente com o surdo.Trabalho também com grupos de psicomotricidade.”

Como é esse trabalho com grupos de psicomotricidade?
“Trabalho com grupos de adolescentes e adultos com encontros semanas onde é trabalhado a relação do surdo com o grupo (sociedade), família e com os próprios colegas.É muito importante trabalhar com a família pois não é a surdez em si que o problema é cultural, o problema maior do surdo está na família que não sabe libras, só constitui uma linguagem baseada na oralidade e não da Libras.E ai?Como está pessoa que é surda vai se comunicar com um bando de ouvintes?Aí ele acaba se comunicando com um dialeto caseiro que só serve para a família, o que se difere da libras que é uma linguagem brasileira de sinais.
A psicomotricidade ela trabalha com o corpo do sujeito em movimento na relação.Quando vou trabalhar com a psicomotricidade eu não vou pensar no sujeito isolado, mais o sujeito na relação social com a escola, com a família e com a meio social.A criança surda na relação com a família, escutando o que essas famílias têm a dizer e orientando-as a fazerem cursos de libras para que assim elas possam olhar seus filhos com outros olhos.
O trabalho com os professores eles são convidados a refletirem sobre o modo como eles trabalham a criança surda, o que é peculiar na educação dos ouvintes, o que eles fazem que seja próprio da educação do surdo e o que eles trazem da educação do ouvinte para o surdo, para eles tomarem consciência que a educação do surdo tem uma dinâmica própria.
No trabalho com os alunos trabalho com grupos pontuais e não permanentes, desde a infância, adolescência até a idade adulta.”

Quando começou o seu interesse por está área?
“Pessoal, cheguei até aqui porque fiz um concurso do Estado r nunca assumia e um dia eles me chamaram e a moça que me atendeu me convenceu que eu deveria ir para o CAS.Quando eu cheguei não sabia libras, então aprendi e fui gostando, gostando e fui gostando tanto que estou aqui e adoro.”

23 de setembro de 2009

VÍDEO: A ROTINA DE UM COLEGA CEGO

Por Eric Cardonha, Helaine Portela e Renata Glicia Ferrer
O vídeo vem salientar uma rotina de trabalho do nosso colega João Bosco, deficiente visual. Pretendemos com esse vídeo problematizar a visão do senso comum de julgar o deficiente como “coitadinho”, ou se surpreender ao vir um cego andando só pelas ruas, ou ainda trabalhando entre pessoas sem necessidades especiais.
O deficiente deve ser visto como alguém dotado de necessidades humanas, antes mesmo de sua deficiência, para que não seja reduzida apenas a sua “diferença”. Respeitar as diferenças e reconstruir um novo cenário nas relações sociais, certamente é algo possível.

VISITA AO INSTITUTO DOS CEGOS

Por Erich Cardonha, Helaine Portela e Renata Glicia Pimentel

Fomos indicados, na disciplina Educação Especial, do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará, pela professora Rita de Cássia Magalhães e a estagiária Ana Paula Lima Barbosa Cardoso, para fazermos uma visita ao Instituto dos Cegos e elaborarmos um pequeno relatório sobre nossas impressões, tendo em vista observar na prática as teorias estudadas naquela disciplina e reconhecer nessa prática o modelo educacional adotado pela instituição.
A Escola de Ensino Fundamental Instituto dos Cegos/Centro de Apoio Pedagógico (CAP), localiza-se na Rua Doutor (Dr.) João Guilherme, 373, no bairro Antônio Bezerra, Fortaleza, Ceará.
O instituto funciona nos turnos manhã e tarde. Atende a alunos cegos, com baixa visão e com múltiplas deficiências (sendo a cegueira uma delas), na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I (1º ao 6º ano). Oferece aos matriculados: acompanhamento fonoaudiólogo; terapia ocupacional; tratamentos de orientação, mobilidade, psicomotricidade e estimulação visual; reabilitação em Braille, treinamento da escrita cursiva e com o Sorobã; cursos de Braille. Os cursos de Braille também são ofertados aos pais e à comunidade.
Para maiores informações os interessados devem procurar a secretaria da escola, no horário comercial, ou se informarem pelo correio eletrônico (e-mail) institutocegos@yahoo.com.br ou pelos telefones (0xx85) 3101.5083 / 3235.7720.
A referida visita se limitou a um curto tempo de observação e de questionamentos e respostas sobre as dúvidas gerais do grupo e pertinentes ao assunto em foco, devido ao pouco espaço de convergência dos horários livres dos autores desse relato. Apresentamos a seguir o que nos foi possível analisar segundo as informações coletadas.
De cara, nossa atenção foi tomada pela vergonhosa estrutura física da instituição, espaço residencial doado pelo Governo Estadual e não adaptado totalmente às necessidades de uma escola de educação especial, que não permite um adequado deslocamento dos deficientes visuais dentro da própria instituição.
Procuramos, com a diretora, esclarecer nossas dúvidas sobre como a escola funciona: de onde provêm os recursos financeiros, a que público atende e quais objetivos e pretensões da gestão. Além de conhecer mais internamente o ambiente da desta.
Fomos informados que a escola observada atende ao nível Infantil e Fundamental do ensino e procura capacitar deficientes visuais pra ingressarem na rede regular de ensino, como também oferece apoio pedagógico àqueles que já estão integrados e que os recursos financeiros são provenientes do Governo Estadual e de colaborações da comunidade. A capacitação é feita, principalmente, através de cursos voltados para a aprendizagem da leitura e escrita em Braille e de cálculos matemáticos, com a manipulação dos instrumentos apropriados, e através de práticas educativas para uma vida independente.
Principais Conclusões:
Constatamos, de acordo com nossos estudos e investigações, que a E.E.F. Instituto dos Cegos emprega o modelo educacional de Integração Escolar. Na verdade, as expectativas da gestão dessa instituição, sobre a inserção de alunos com deficiências visuais no ensino regular, se apóiam sobre a educação inclusiva. No entanto, essa inserção só se dá na medida em que estes demonstrem condições para acompanhar a turma na qual serão integrados, recebendo, paralelamente, apoio especializado do CAP; e não como prega o modelo educacional de Inclusão Escolar, no qual esses alunos devem ser inclusos nas classes comuns do ensino regular, independentemente do tipo ou grau de comprometimento; onde a escola é quem deve, responsavelmente, se adequar às necessidades educacionais e estruturais dos alunos especiais, através da flexibilização curricular e acessibilidade física do meio.
Porém, apesar dos pesares, consideramos que a E.E.F. Instituto dos Cegos busca, sensivelmente, nas práticas de humanidade e solidariedade, suas e da sociedade civil, alcançar meios que possibilitem a uma parte dos excluídos da sociedade, no caso, os deficientes visuais, o acesso ao ensino regular e, deste modo, fornecer condições mais dignas, de convivência pessoal e educacional, no mínimo, entre eles e os demais membros da mesma sociedade.
Acreditamos que se mais instituições tivessem o mesmo objetivo daquela, o de afirmar o respeito às diferenças e a compaixão para com o próximo, nós, seres humanos, nos encaminharíamos para a consolidação de uma vida mais harmoniosa e feliz.

15 de setembro de 2009

UM NOVO OLHAR SOBRE OS LUGARES QUE SE FREQUENTA: ACESSIBLIDADE NAS CIDADES AOS DEFICIENTES


Por Cleuma Santos e Alberto Pereira Filho



Podemos observar que as pessoas com alguma deficiência enfrentam preconceitos, estigmatização e exclusão social. São considerados apenas a partir de sua deficiência e, portanto, como incapazes.
Andando por nossa cidade percebemos que sua organização dificulta o acesso das pessoas portadoras de alguma deficiência. Nossas ruas e calçadas não estão adaptadas para ninguém: pessoas sem ou com deficiência: são mal sinalizadas, esburacadas, faltam rampas de acesso, calçadas estreitas e obstruídas, poucos ônibus com elevadores, enfim, são questões que a sociedade e governo devem resolver para facilitar a locomoção das pessoas com deficiência que, sendo cidadãos, têm o direito de ir e vir.
No que se refere à acessibilidade das pessoas com deficiência algumas leis foram aprovadas no intuito de garantir esses direitos, tais como a LEI COMPLEMENTAR Nº 0057, DE 18 DE JULHO DE 2008. Aprovada pela a Câmara Municipal de Fortaleza, que dispõe sobre o direito à gratuidade para pessoas com deficiência, no pagamento de tarifas do Sistema de Transporte Público de Fortaleza.
Mesmo que de alguma forma as pessoas com deficiência sejam “contempladas” é necessário ter consciência que a prática apresenta uma situação diferente. Para que nossos direitos sejam respeitados é necessário muito empenho, força de vontade e coragem para lutar. Por isso, diante dessas questões o que devemos fazer é abolir o preconceito para proporcionar-nos um ambiente democrático que respeite a pessoa diferente, considerando-a como um ser humano capaz, que tem suas dificuldades e suas habilidades, e como todas as pessoas, está buscando o seu espaço.
Para se adaptar a esta sociedade, onde suas cidades são mal projetadas e não oferecem acessibilidade adequada às pessoas com deficiência, dificultando sua locomoção, a vida destes é sempre constituída como rotina de superação e de vitória sobre as barreiras criadas por aqueles que não se preocupam com a diferença.
Que as autoridades responsáveis pelo Plano Diretor da cidade de Fortaleza, bem como de todas as cidades brasileiras, possam incluir as pessoas com necessidades especiais neste documento. E proporcionar-lhes o pleno gozo de seus direitos constitucionais, ajudando-as a transpor com mais dignidade os caminhos que a vida reserva a cada um de nós, de forma indistinta.

14 de setembro de 2009

Resenha do texto: Um antropólogo em Marte, de Oliver Sacks

Por Emanuelle Oliveira e Vivian Kelly Pereira
Este texto perpassa a história do autismo, destacando suas causas, as quais podem ser biológicas ou adquiridas. Posteriormente, irá relatar as experiências que o autor Oliver Sacks tem ao estudar o caso de Temple, uma mulher bem-sucedida que se formou bióloga e engenheira, mesmo sendo autista. Sacks irá relatar as atitudes e o comportamento de Temple durante o dia-a-dia.
Logo de início, ele é surpreendido com o fato dela repetir minuciosamente a coordenada para que encontrasse a sala da Universidade que ensinava. Por sua vez, algumas atitudes dela o intrigaram, como a falta de sutilezas sociais ao falar bruscamente com as pessoas e a incapaz de estabelecer uma empatia com os personagens da mitologia grega, afirmando que se sentia como um antropólogo em marte.
Mesmo com essa empatia, é percebida uma relação forte entre ela e os animais, portanto, não é considerada como desprovida de sentimentos. Sacks relata a ausência da capacidade de interação humana social e sexual de Temple, pois era através da observação do comportamento das pessoas que prévia como elas agiriam. Como forma de compensar suas dificuldades Temple relata que encontrou na linguagem da ciência e da tecnologia um enorme alívio, fazendo disso sua vida.
Ao concluir sua análise sobre a bem-sucedida engenheira e bióloga, Sacks concluiu que a sua normalidade havia se revelado uma fachada. E que apesar da sua falta de emoção e ânsia por ser humano, Tem um sentimento apaixonado do que é certo e errado, como por, a respeito do tratamento dos animais.
Essa obra é indicada e necessária para quem quer conhecer um pouco mais sobre as necessidades, os limites, as características e as habilidades de um autista que procura ser reconhecido pelas suas capacidades intelectuais e não pela sua deficiência.
SACKS, Oliver W. Um antropólogo em marte: sete histórias paradoxais. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Mural de Fotos digital...

Por Léa Leduc e Juliana Fernandes
O mural de fotos aqui disposto retrata imagens da diversidade e da diferença que nos caracteriza como coletividade. Evidente a intenção das alunas de compor esse "retrato" numa perspectiva de consciência e respeito às características mais diversas que no diferencia uns dos outros, mas que também nos identifica como sociedade plural.
Um convite à beleza da diferença presente nestes... e à reflexão do olhar que a eles destinamos.

11 de setembro de 2009

Resenha: FORMAÇÃO DOCENTE E PSICOMOTRICIDADE EM TEMPOS DE ESCOLA INCLUSIVA: UMA LEITURA COM BASE EM HENRI WALLON

Por Yara Mendonça
O texto FORMAÇÃO DOCENTE E PSICOMOTRICIDADE EM TEMPOS DE ESCOLA INCLUSIVA: UMA LEITURA COM BASE EM HENRI WALLON de autoria da professora Rita de Cássia B. P. Magalhães e da mestranda Ana Paula L. B. Cardoso mostra a relação entre formação docente, psicomotricidade e inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, com base em Henri Wallon.

Como entender essa relação? Primeiramente, formação docente porque o professor é o indivíduo mediador da aprendizagem de um aluno e que necessita de constante formação “reflexiva”, uma vez que ultrapassamos a modelo de “transmissão” do conhecimento, e necessitamos acompanhar as mudanças e as demandas educacionais, no caso, alunos com necessidades educacionais especiais. “O professor é o sujeito reprodutor e produtor cultural nos espaços escolares”.
Psicomotricidade, pois de acordo com a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade é a área do conhecimento que investiga o corpo em movimento, as relações de homens e mulheres com suas possibilidades de motricidade, afetividade e cognição, ou seja, um conceito que interliga o professor com aluno e a importância da psicomotricidade na interpretação, por exemplo, dos sinais expressos pelo corpo do outro (postura, olhar, mímica fisionômica, gestos etc.), pelo seu próprio corpo (expressões, sentimentos e etc.) para o reconhecer-se e reconhecer o outro, em especial, os que apresentam necessidades especiais.
Henri Wallon porque em sua teoria de desenvolvimento percebe o sujeito como concreto, situado cultural e historicamente. Uma teoria que se fundamenta na integração entre o organismo e o meio; entre o biológico e o social; entre aspectos cognitivo, afetivo e motor que constitui a pessoa, através também de uma relação entre movimento e emoção inseridos no processo de aprendizagem e nas relações diversas. “O outro é fundamental da construção do eu”.
Diante desses pontos percebemos a importância dessa ligação. O professor num processo de formação pessoal e profissional, onde interliga corpo, mente e emoção que a psicomotricidade trata, levando em consideração os aspectos cognitivos, o meio social e a afetividade proposta por Wallon, insere o individuo com necessidade educacional especial dentro do espaço escolar e social, através das relações com os outros e com o professor.
Portanto, esse texto traz uma visão diferenciada para o ensino de alunos com necessidades educacionais especiais. Visão essa que mostra a psicomotricidade como elemento importante para auxiliar o professor a entender, perceber e lidar com alunos especiais, sob a ótica também da percepção e reflexão sobre si mesmo, onde todos nós podemos ter ao longo na nossa caminhada escolar, necessidades educacionais, e não somente os deficientes. Um autoconhecimento que dá suporte para o lidar com alunos com necessidades educacionais especiais. Uma reflexão sobre uma formação docente que busque constantemente o conhecimento de si, dos outros e de formas de melhorar o aprendizado do aluno, em direção a uma prática pedagógica que inclua todos os alunos independente de suas necessidades.

Texto disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT15-4920--Int.pdf

Entrevista com Daniel: um colega especial

Por Aline e Joana

Entrevistamos um colega de universidade, aluno do curso de Serviço Social e cadeirante. Ele nos contou sua história de vida e nos falou sobre temas variados: deficiência, relações sociais, educação e a universidade. Compartilhou conosco uma música de sua composição, nos fazendo conhecer uma dimensão estética de sua identidade, dentre outras.
Conversamos muito e tudo foi gravado. Porém, por questões práticas editamos e dividimos em três partes para viabilizar a postagem neste espaço. Quem se interessar pela íntegra da entrevista, faça comentários nesse sentido.
E com vocês, Daniel: uma pessoa como qualquer outra - igual e diferente - como cada um de nós!

Relato de Visita: Centro Cultural de Arte e Cultura Dragão do Mar

Por Lidiane Almeida, Renata Mondiane e Daniela Ribeiro
O objetivo deste trabalho é relatar uma visita ao Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura a fim de conhecer o envolvimento das pessoas encarregadas de promover a inclusão de todas as pessoas (inclusive as com deficiência) à cultura.

Nossa visita ocorreu no dia 11 de agosto de 2009. Ao chegarmos, ficamos um pouco desorientadas pelo fato de não sabermos à qual departamento deveríamos nos dirigir para buscar informações sobre a questão da acessibilidade, destinada ao público portador de necessidades especiais. Então, decidimos procurar informações na recepção do Museu de Arte Contemporânea – MAC.

Da recepção do Museu fomos encaminhas ao Espaço Mix para falar com uma pessoa chamada Adriana. Quando chegamos ao local, a pessoa designada nos deu algumas informações como a questão da programação dos eventos a serem disponibilizados em braile e, ainda, do Centro possuir alguns intérpretes para deficientes auditivos. No entanto, chegamos à conclusão de que essa não era a pessoa que poderia nos ajudar com informações mais detalhadas. Por esta razão, perguntamos pela existência de um departamento específico para essa questão da acessibilidade.
Fomos encaminhados a uma funcionária da Diretoria de Ação Cultural que também trabalha no Museu de Arte Contemporânea, que, ainda, nos encaminhou para outro departamento: o Memorial da Cultura Cearense – MCC. Neste local conhecemos a supervisora do núcleo educacional do Memorial: alguém disposto a nos dar as informações porque ansiávamos.

O Centro desenvolve um projeto chamado “Acesso”, desenvolvido por doze educadores e alguns monitores, sendo alguns deles portadores de algumas necessidades especiais. É o educador Júlio César que tem baixa visãoem baixa visr doze educadores e alguns monitores sendo alguns deles portadores de algumas necessidades especiais como o educado e outros monitores que também possuem deficiências visuais.

Toda a programação é impressa em braile e distribuída para todos os setores e espaços de espetáculos, assim como a exposição de cinemas e fotos áudio descritivos. O projeto conta, ainda, com computadores adaptados com sistemas próprios para portadores de deficiências visuais, chamado: “Dosvox”. Os educadores capacitam-se por meio de cursos de braile e mobilidades.

Os coordenadores do projeto pleiteiam sua ampliação aos portadores de necessidade auditiva através de programações específicas, com o suporte de um intérprete de Libras.
Todos os educadores e monitores se reúnem às sextas-feiras para promover mesas redondas com discussões temáticas enfocando a questão da acessibilidade. Esses encontros acontecem também para promover espetáculos de dança e teatrais, compostos por pessoas com necessidades especiais que é aberto ao público.

A supervisora explicitou as dificuldades porque passa o Projeto Acesso. A principal delas é a financeira. O Governo do Estado não provê suficientemente os gastos que, segundo ela, são muito altos, havendo a necessidade de buscar estabelecer parcerias.

Segue abaixo informações gerais sobre a acessibilidade Arquitetônica do Centro Dragão do Mar de Arte e cultura.
A
CESSOS
Rampas
• Rampa na entrada principal do CDMAC. Acesso pela Avenida Castelo Branco. • Rampa com acesso pela Avenida Pessoa Anta - via Praça Almirante Saldanha. Acesso anexo ao Anfiteatro.
• Rampa para acesso a Praça Verde Historiador Raimundo Girão, Rua José Avelino. Esta rampa também permite acesso ao Atelier de Arte, à rampa de acesso à Praça do Livro e ao Elevador Panorâmico.
• Rampa para acesso à Praça do Livro no Piso Superior. Acesso a partir da Praça Verde Historiador Raimundo Girão.

Elevadores
• 01 Elevador para portadores de necessidades especiais. Acesso junto a bilheteria do Planetário, para o Auditório, Espaço Mix, Nudoc e Gerencia Administrativo Financeiro - Geraf.
• 01 Elevador Panorâmico na Praça Verde Hist. Raimundo Girão, térreo, com acesso pela Rua José Avelino. Este elevador permite acesso à passarela superior, com saída/entrada em frente a portaria do Museu.
Estacionamentos para Veículos de Portadores de Necessidades Especiais.
• Entrada pela Rua José Avelino, por trás da Praça Verde Hist. Raimundo Girão - 01 vaga.

A visita ao Dragão do Mar foi fonte de aprendizado para nós. Sabemos que somos iguais e temos os mesmos direitos garantido por lei. Contudo, há ainda barreiras de várias ordens que precisam ser vencidas: uma delas é a arquitetônica.

Encontramos facilidades para as pessoas com deficiência, principalmente as com deficiência visual (programação dos eventos em braile e computadores adaptados).
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura possui dificuldade financeiras, dificultando a ampliação do “Projeto Acesso” a outros grupos de deficientes.
Apesar dos obstáculos, o “Projeto Acesso” pareceu-nos uma importante ação para que o processo de inclusão social se dê de forma mais célere e abrangente. Nós, que estamos em um curso de formação de professores, temos de estar atentos a essas ações e aptos à contribuição de transformações sociais.

* Fonte de pesquisa: www.dragaodomar.org.br

Links interessantes

Por Aline de Oliveira e Joana Brito
DEFICIENCIA VISUAL
http://www.deficientevisual.org.br/
É um site destinado a deficientes visuais, ele traz informações a respeito do dia-a-dia dos deficientes, links de outros sites de acordo com a área de interesse. Traz também endereços de instituições de assistência a deficientes visuais distribuídas pelo país.
http://www.sac.org.br/
O site trás diversas informações de interesse do deficiente, sobre temas relacionados à legislação, braile, saúde, educação, etc...
DEFICIENCIA AUDITIVA
http://www.feneis.com.br/page/
O site traz links de outros sites de interesse de deficientes auditivos, biblioteca virtual sobre diversos temas.
http://www.surdos.com.br/index.php
O site procura fazer um link entre o deficiente auditivo e as tecnologias que facilitem a comunicação dos mesmos.
DEFICIENTE FÍSICO
http://www.deficienteonline.com.br/principal/home/index.php
O site trata da inclusão do deficiente no mercado de trabalho, informa sobre vagas de emprego, legislação, etc.
DEFICIÊNCIA MENTAL
http://www.deficientesolidario.com.br/index.php?/Todas/deficiencia-mental.html
Um site de apoio ao deficiente, que trata de esclarecer como se comporta determinadas deficiências e suas condições no convívio com a sociedade.

Resenha do Filme: A vida secreta das palavras

Por Elaine Matos e Mariana Xavier
Um filme surpreendente. Um silencioso e sutil retrato do ser humano, onde suas palavras, gestos e até mesmo silêncio adquirem novos significados.

Hanna é uma jovem que não falta ao trabalho, não tira férias, não tem amigos, tem mania de limpeza e come todos os dias arroz, frango e maçã. Forçada pelo chefe a tirar férias ela vai trabalhar numa plataforma de petróleo - como enfermeira, cuidando de um homem que sofreu queimaduras por todo o corpo devido uma explosão. Josef fica temporariamente cego.
Logo no início a relação entre enfermeira e paciente é fria e indiferente, mas ao passar do tempo a comunicação entre eles vai se firmando. Josef sempre querendo saber mais sobre a vida sem graça de Hanna. Como a visão dele está temporariamente afetada, as palavras passam a ser a principal forma de contato entre os dois. Mas só palavras não são suficientes. Ela esconde um segredo que será revelado mais adiante, segredo que justifica seu isolamento. Hanna sofre solitária e Josef aos poucos conquista sua confiança e seu coração, mas ela resiste a esse estranho sentimento – o amor.

Esse filme nos instiga a fazer uma reflexão sobre nós, sobre o que queremos, para onde estamos indo. Hanna refugiava-se na própria solidão. E nós, nos refugiamos em quê?

9 de setembro de 2009

Mural de fotos


Por Mariana Xavier e Elaine Matos

Resenha do texto "Políticas de educação inclusiva no sistema municipal de ensino de Fortaleza-Ce: início de conversa"

Patrício Teixeira

MAGALHÃES, Rita de Cássia Barbosa Paiva (org). Políticas de educação inclusiva no sistema municipal de ensino de Fortaleza-Ce: início de conversa. In MAGALHÃES, Rita de C. B. P. Reflexões sobre a diferença: uma introdução à educação especial. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha: 2002.


O texto propõe uma discussão sobre a política educacional para alunos com deficiência desenvolvida pela Secretaria de Educação no Municio de Fortaleza e realiza uma investigação sobre a inclusão escolar e a inserção dessa clientela no sistema público de educação de nosso País.
Quanto ao que significa a educação inclusiva no contexto de uma sociedade num sistema de ensino historicamente excludente, a autora relata que as iniciativas públicas pioneiras para inclusão datam da metade do século XIX, com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos (1854), hoje Instituto Benjamin Constant (IBC), e do Imperial Instituto dos Surdos-Mudos (1857), atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Estas iniciativas foram isoladas e elitistas em uma sociedade escravocrata e agrária, na qual poucas pessoas tinham acesso à escolarização. E no século XX a crescente participação do setor privado com um teor essencialmente assistencialista, como se estivessem prestando um favor.
Com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 4.024/61, foi confirmada o direito dos excepcionais à Educação. Esta deveria ocorrer se possível, dentro do sistema geral de educação. A Lei nº 5.692/71, por sua vez, apontou objetivos semelhantes para a educação comum e a educação especial, incluindo a preparação para o trabalho e para o exercício da cidadania.
Estas leis são marcadas pelo liberalismo, pois são inspiradas em idéias de liberdade e igualdade e na disposição do Estado em relação à educação geral e especial. Tais medidas criaram as condições perfeitas para a relação entre o setor público e privado existente hoje e onde, a maioria das instituições especializadas é do setor privado que recebem verbas do poder público.
Nos anos 90, com a reforma do Estado brasileiro que alinhou o país às idéias neoliberais, é editada a nova LDB nº 9.394/96 que apresentou o Capítulo V (arts. 58 a 60) que regula a Educação Especial, situando-a como modalidade da educação escolar a ser oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino. Sua oferta é um dever constitucional do Estado, desde a Educação Infantil. A LDB foi associada à escola inclusiva para superar os impasses impostos por formas de atendimento institucionalizado e assistencial, que não comprimiram a função de democratizar o ensino para alunos portadores de deficiência. Estas escolas inclusivas teriam como fundamento a flexibilidade curricular e metodológica com o intuito de aceitar as diferenças individuais de seus alunos. A educação inclusiva no Ceará, mas especificamente em Fortaleza, reflete estas contradições peculiares à reforma do estado brasileiro, no contexto do capitalismo financeiro-monopolista e suas influências em setores sociais, como a educação.
O texto ainda traz as medidas de inclusão de alunos com deficiência no sistema público municipal de ensino em Fortaleza-CE, por meio da municipalização, que visa a ampliação de vagas na busca pela crescente democratização da escola pública brasileira, a criação de salas de apoio pedagógico aos convênios com instituições especializadas, além de organizar cursos especializados para formação de professores que realizavam trabalhos nas áreas de deficiência mental, visual e auditiva e um sistema de matrículas conhecido como “Matrícula Antecipada de alunos com Necessidade Educacionais Especiais”. Este sistema de matrícula apresenta três aspectos positivos: 1) a visibilidade (nos meios de comunicação de massa) para a sociedade de que os pais podem matricular os filhos que apresentam deficiência na rede pública municipal; 2) o reconhecimento das necessidades específicas de um grupo de alunos; e 3) o mapeamento mais preciso do número de estudantes com deficiência e das escolas onde estão matriculados colabora na elaboração e implantação de políticas públicas mais eficazes.
Por fim, o texto frisa que a escola representa, por excelência, um espaço de homogeneização de práticas pedagógicas. Apesar de não poder atender a todas as individualidades, ela não deve restringir a consideração das particularidades de sujeitos e grupos. Mesmo com todas as medidas políticas realizadas ainda não atendem às demandas qualitativas e quantitativas peculiares à educação inclusiva, a atual gestão da Prefeitura Municipal de Fortaleza* assume, de uma forma como dantes não havia sido feito, o desafio de construção de um sistema de ensino mais democrático.

* O ano desta publicação é 2002, portanto, a autora refere-se à gestão em curso neste período.

8 de setembro de 2009

"Uma lição de amor" (resenha)

Por Léa Leduc e Juliana Fernandes

Uma lição de amor é um filme que conta a história de Sam Dawson (SEAN PENN), um adulto com deficiência intelectual, ou seja, o funcionamento de sua inteligência fica aquém do esperado, pois corresponde a de uma criança de sete anos de idade.
Sam tem uma filha, Lucy (DAKOTA FANNING), com uma moradora de rua que se hospedou em sua casa durante alguns dias. Lucy foi abandonada pela mãe ao sair do hospital. Ele cria a menina com muito amor e com ajuda de seus quatro amigos, todos deficientes também. Ao perceber a deficiência de seu pai, Lucy começa a não querer se desenvolver, principalmente, na escola para não ficar mais inteligente que ele.
O drama vivido por ele inicia-se quando tem a guarda da filha ameaçada, pois no dia em Lucy completa sete anos de idade, uma assistente social vai até a casa deles e a leva para um orfanato, alegando que Sam não tem capacidade de criar a sua filha. Incentivado por seus quatro amigos, Sam parte para a luta em busca da guarda de Lucy, que já está sob custódia do governo, pronta para adoção, pois, a justiça o julgou incapaz de ser responsável pela criança. Para isso, ele recorre a uma advogada, Rita (MICHELLE PFEIFFER), super conceituada que a princípio recusa ajudá-lo porque Sam não tinha dinheiro suficiente para contratá-la. Contudo, para demonstrar aos os outros sua compaixão, ela aceita sem nenhuma cobrança. À medida que se relaciona com o cliente se envolve mais no caso.
Rita tem problemas de relação com o seu filho, o drama enfrentado por Sam e, principalmente, o seu esforço para ficar ao lado da filha, ajudam a advogada a refletir sobre seu relacionamento com o filho e passa, também, a admirar Sam.
Sam luta pela guarda de Lucy nos tribunais, que será adotada por uma família de pessoas “normais”, provando que pode ser responsável pela criação da criança, tentando superar os seus próprios limites.
Este filme mostra uma realidade enfrentada por muitas pessoas com necessidades específicas, visto que, são estigmatizadas por pessoas ditas normais. O amor de Sam pela filha e a sua vontade de criá-la, nos faz refletir sobre até que ponto o ser humano é julgado por causa de seu esteriótipo. Trata-se de um drama acompanhado de cenas bem-humoradas, que emocionam o público durante todo o decorrer da história, nos fazendo chorar. O ator Seann Penn interpreta o personagem de Sam de uma maneira formidável, nos fazendo “sentir na pele” de um deficiente intelectual, prova disso é que ele já recebeu indicação de Oscar em 2002 como melhor ator.
A inocência, a sinceridade e a bondade do personagem Sam nos transmite que tudo é possível quando há amor! A importância desse sentimento é demonstrada por uma das falas da personagem Lucy: “Tudo o que eu preciso é amor!”.

7 de setembro de 2009

Uma entrevista especial...


Por Wandresa Bruno e Sérgio Rocha


Nome: Maria Tiane da Silva (nome fictício /sugerido pela entrevistada), 39 anos.

Wandresa/Sérgio: Qual a sua profissão?
Tiane: Hoje trabalho como auxiliar administrativa, mas já fui catadora de material reciclável durante sete anos. Com o dinheiro que recebia por realizar tal trabalho pagava o curso de Auxiliar Administrativo. Nunca pedi a ninguém e a nenhuma entidade beneficente, pois nunca quis ninguém me olhando como uma pobre coitada! Isso não sou mesmo [pobre coitada], sou tão feliz, alegre, mesmo quando a “coisa” aperta, sorrio e não estou nem ai!

Wandresa/Sérgio: Qual seu estado civil, com quem mora?
Tiane: Sou solteira. Homem só da muito trabalho, não quero mesmo! Já tenho os meu irmãos para cuidar. Moro com meus pais e seis irmãos. O menor de nove anos e o mais velho de quase trinta anos. O mais novinho nasceu surdo e já sabe Libras (Língua Brasileira de Sinais). Acho ele Massa!! (muitas risadas).

Wandresa/Sérgio: O que gosta de fazer?
Tiane: Gosto de ouvir muitas músicas. Ganhei de aniversario um MP4 e estou muito chique! Estou paquerando um viúvo que mora perto daqui, acho ele tão barrigudinho. Adoro! Só não quero casar, essas coisas não, já tive namoradinhos, mas quero ficar só na paquerinha. Homem dá trabalho demais. Acho que não quero porque apanhei muito na rua de homens, pensando que eu era um mendiga. Pode isso?

Wandresa/Sérgio: Qual é a sua Deficiência?
Tiane: Euuuuu? Eu não tenho nada! (risadas enfáticas). Brincadeirinha! Olha meninos, tenho um problema em uma das minhas pernas (Tiane teve paralisia infantil). Uma é linda, grossa e malhada de “puxar carro” e outra é a irmã mais “nova”, ela [a perna] “ficou gripada” quando eu tinha um ano e ficou assim, magrinha e torta. Mas nunca deixei, nunca mesmo, de fazer nada. Fiz meu ensino médio indo sozinha à escola; fazia minhas atividades, e a faculdade estou fazendo agora, à noite. Estou “linda” indo para a FACE (instituição de ensino superior) fazer meu curso de Direito. Estou pagando com o dinheiro do meu trabalho e ainda continuo ajudando a todos aqui em casa. Vou realizar meu sonho de ajudar o próximo com as leis jurídicas, pois adoro ajudar. Agora sou mais “cidadã”, pois conheço mais o que esta acontecendo.

Wandresa/Sérgio: Sua deficiência, então, foi adquirida?
Tiane: Sim, eu tive o problema de não tomar as gotinhas, nem coloco a culpa na minha mãe, ela tinha muitas dificuldades naquela época. Não coloco culpa na vida e nem em Deus; acho que andar lentamente e engraçado me faz ter um charme (...) Sou linda e a perna “gripadinha” fica a cada dia mais atraente.

Wandresa/Sérgio: Como descreveria sua rotina?
Tiane: Acordo bem lentamente (...) Quando em era criança as pessoas diziam: “Oh, coitada, nasceu toda torta! Que Deus tenha pena dela!” Hoje estou muito viva. Sim, a rotina: Acordo às cinco e meia da manhã, faço minha “higiene”. Minha mãe faz o café, o Rafinha compra o pão, estou no trabalho na Aldeota e antes das 08:00 chego lá. Trabalho até às 05:30 e, de lá, vou para faculdade. Tem dias na semana que saio cedo da faculdade para dar tempo de fazer meus trabalhos na lan house perto de casa. Ainda faço faxina em casa. Muita gente mora junto e ainda tem muitas crianças! Não perco o pique, sou mãe de muitos deles, pois ajudei na criação e quero o melhor para todos.

Wandresa/Sérgio: Você já sofreu alguma reação preconceituosa sobre sua deficiência? Qual?
Tiane: Sim, mas não quero comentar, tenho pena dessas pessoas, elas não estão pensando nem nelas nem em nos pessoas “especiais”.

Wandresa/Sérgio: Existe algo que você gostaria de fazer e lhe é impossibilitado devido a sua deficiência? Exemplifique.
Tiane: Ah, tem sim, queria tanto dançar balé clássico!! Agora estou na minha faculdade, nem reclamo de ônibus lotado e nem tanto mais de calçada, supero isso com a ajuda de alguns amigos. Às vezes pego uma carona e chego cedo em casa, mas agora não me frustro mais! Esse sonho realmente já “passou!” (suspiros).

Wandresa/Sérgio: O que você acha que poderia ser feito pelas autoridades ou pela sociedade civil organizada que lhe possibilitasse uma melhor forma de viver?
Tiane: Acho que a conscientização das diferenças, que existem pessoas que precisam de um auxílio, mas um auxílio que as desenvolva, esses auxílios do tipo “Bolsa Família” para mim não dá! Conscientizar para respeitar e desenvolver as potencialidades! Vixe, falei bonito!

Wandresa/Sérgio: Que mensagem você deixaria para as pessoas que possuem deficiência?
Tiane: Sejam felizes! Não se olhem como coitados e dá para superar as coisas da vida! Tolerar o próximo e amar o próximo! (...)

6 de setembro de 2009

Legislação e prática: pessoas com deficiência


Por Daniela Ribeiro, Lidiane Almeida e Renata Mondiane






A legislação que atende às pessoas portadoras de deficiência é muito extensa e rica. Trata dos mais diversos campos que na verdade todos nós necessitamos. Ela abrange direitos individuais, como educação, integração, valores básicos de igualdade, justiça social e respeito à dignidade da pessoa humana, dentre muitos. Como acontece comumente no Brasil ela não é devidamente atendida, e com ela também não podia ser diferente. Esta talvez seja a razão pela qual tenhamos conhecimento de tanta desigualdade e descriminação sociais em nosso país.
A análise feita condiz com o nosso olhar de estudantes da disciplina de Educação Especial, mas principalmente condiz com a nossa noção de cidadania, com o que acreditamos e com o que nos indigna em relação a esse assunto. Por que acreditamos que a cidadania só existe quando a colocamos em prática, ou seja, quando deixamos de ser passivos no que diz respeito a lutar pelo que acreditamos que temos direito, pelo o que está escrito em uma determinada lei.


Fica difícil comentar um artigo ou outro especificamente, pois baseado em nossos conhecimentos podemos fazer comentários gerais e/ou aprofundados que englobem vários pontos desta legislação. Porém, mesmo assim, selecionamos alguns artigos desta lei, conhecida como “LEI N 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências”.


Art. 1º. Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram opleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadorasde deficiência, e sua efetiva integração social, nos termos desta Lei.
§ 2º. As normas desta Lei visam garantir às pessoas portadorasde deficiência as ações governamentais necessárias ao seu cumprimentoe das demais disposições constitucionais e legais que lhes concernem,afastadas as discriminações e os preconceitos de qualquer espécie, entendida a matéria como obrigação nacional a cargo do poder públicoe da sociedade.
Art. 2º. Ao poder público e seus órgãos cabe assegurar àspessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitosbásicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outrosque, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estarpessoal, social e econômico.

Comentários parecem dispensáveis em se tratando desta questão, porém sempre há algo a se dizer, já que a problemática nos faz refletir sobre o que pode acontecer para que exista tamanha desigualdade em vez de uma igualdade legal, criada e defendida pelos maiores responsáveis pela estruturação e organização da nossa sociedade. O que de fato pode acontecer é que essas pessoas criam leis para que outros a sigam. O poder público não efetiva as providências. A discriminação e o descumprimento destas leis, que é o que vemos escancaradamente, não dão em coisa alguma. Somente quem está do “outro lado” é que sabe da dificuldade, sabe da dor, que não precisa ser física para ser considerada. Se há a lei, deve haver uma razão, mas por que não se cumpre? No dia a dia, casos e mais casos são relatados, tanto como um desabafo quanto com a finalidade de que uma mudança considerável ocorra, entretanto observamos que pouco ocorre. Todos deveríamos entrar numa luta em favor destas pessoas, que já têm sua possibilidades limitadas e são dificultadas ainda mais.

Constituição Federal
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

Infelizmente, embora o que está determinado nesta lei em relação aos portadores de necessidades especiais, no que se refere à educação, seja, de certa forma abrangente, a maioria das leis ainda não é cumprida de forma integral. Na educação, por exemplo, a lei diz que os portadores de necessidades especiais têm direito a um atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. O que pudemos observar em relação a essa determinação da lei, na prática, é que as escolas, ou pelo menos parte delas fingem não ter conhecimento da lei rejeitando os alunos com determinadas deficiências alegando que a escola não está preparada estruturalmente e nem profissionalmente para atender a esse público.
No semestre passado, cursamos uma disciplina de Educação Inclusiva e tivemos a oportunidade de visitarmos algumas escolas públicas para verificar justamente a questão da inclusão que ficou tão discutida, por incrível que pareça, mais por causa de uma novela do que pelo próprio regimento da lei. As constatações foram mais graves do que imaginamos. Usaremos como exemplo, o depoimento de uma diretora e de uma professora de uma das escolas visitadas.
Durante a entrevista foi lhes perguntado como a escola via a questão da inclusão e se a mesma estava preparada, então uma das pessoas entrevistadas disse que no começo foi muito difícil, os professores resistiram muito pelo fato da escola não ter estrutura física nem profissional para atender a esse publica, mas depois em virtudes de alguns acontecimentos que serão especificados posteriormente essa visão foi modificada.
A parte principal desta entrevista foi quando a diretora disse que o que motivou realmente a escola procurar se adaptar a inclusão foi a luta das mães que fizeram de tudo para que o direito de seus filhos fossem reconhecidos. Elas fizeram abaixo assinados, acamparam na escola, foram a prefeitura, enfim, foram ativas na luta pelo cumprimento da lei. Somente assim, elas foram atendidas em suas reivindicações por quererem seus filhos estudando perto de casa e em um ambiente que atendessem as suas necessidade e que lhes permitissem a inclusão no ensino regular o que, para ela, era o ideal de educação. A partir daí a escola recebeu recursos para fazer as adaptações necessárias e para formação de alguns professores.
O que mais nos marcou nessa entrevista foi o relato das pessoas entrevistadas descrevendo como foi a recepção dos portadores de deficiências especiais na escola. Elas contam que a sensação era que havia pousado uma “nave” cheia de “ET’s” que elas ficaram se perguntando se “aquilo”’ realmente iria dar certo.
Essa parte da entrevista foi chocante para nós futuros educadores por ver que existem pessoas da área educacional que pensa dessa forma. No entanto, as pessoas entrevistadas disseram que com o passar do tempo e apesar de todas as dificuldades encontradas, elas perceberam que esse foi o melhor caminho a ser seguido, pois hoje a escola serve de referencia de inclusão no ensino regular e que já possui vários projetos envolvendo portadores de necessidades especiais e que a visão da escola, como um todo desde a diretoria e professores até os demais alunos hoje percebem a inclusão como algo que pode sim dar certo, pois o que falta além de investimento por parte dos órgãos competentes e formação dos professores é sem dúvidas a vontade de fazer com as coisas aconteçam. Segundo a diretora, as dificuldades sempre irão existir o que não pode permanecer é a cegueira dos que enxergam de quererem fechar os olhos para a realidade de que somos todos iguais na diferença.
Assim como a lei ainda não está plena na educação onde deveria ser a área mais propicia para isso, vimos que com relação à acessibilidade disposta no Art.244 citado acima a realidade ainda é muito mais cruel.
Como está explícito no art. 244 e na Lei 10.098/2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências, as empresas públicas e privadas precisam garantir o acesso a pessoas portadoras de necessidades especiais com implementações de acesso físico e de comunicação como rampas, elevadores, ônibus coletivos adaptados, estacionamentos, produtos diversos com leitura em braile em locais públicos, entre outras ações. No entanto, o que vemos, na maioria das vezes, é o desrespeito de forma escancarada por esses órgãos que não cumpre o que a lei determina e por parte da população que não respeita o deficiente.
Como exemplos do que foi exposto acima, está a estrutura física da cidade de Fortaleza, por exemplo, que possuem poucas rampas tendo em vista o tamanho da população e poucos recursos de acessibilidades comunicativa em locais de utilidade publica.São poucos os ônibus coletivos adaptados para cadeirantes tornando a vida deste cada vez mais difícil.
Temos consciência de que apesar das leis serem teoricamente muito bem elaboradas a prática ainda esta longe de se tornar uma realidade. No entanto, nós como futuros educadores temos que estar atentos quando a constante luta por uma sociedade mais igualitária.

2 de setembro de 2009


Por Expedito e Camila
OMOTE, S. Deficiência e não-deficiência: recortes do mesmo tecido. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 1, n. 2, p. 65-74, 1994.

O texto “Deficiência e Não-Deficiência: recortes do mesmo tecido” é um artigo publicado na Revista Brasileira de Educação Especial, escrito pelo professor do Departamento de Educação Especial da Universidade Estadual Paulista UNESP/Marília, Sadao Omote.


Omote inicia seu artigo discutindo a temática: diferença. O autor diz que as diferenças são inerentes ao homem e, por isso, criam enormes dificuldades aos estudiosos da psiquê humana, contudo esse é o mesmo motivo que torna tal pesquisa interessante.


Na sequência, o autor introduz o assunto “diferenças que atraem atenção especial” (p.66), insistentemente classificadas em categorias distintas. A própria Psicologia parece supor que os deficientes integram categorias especiais de pessoas. A maioria dos manuais de Psicologia do Deficiente trata exclusivamente de um tipo de deficiência ou dedica capítulos específicos para cada deficiência, e essa prática pode sugerir, até, por vezes, a idéia de que possam ser necessariamente teorias psicológicas especiais para se compreender o funcionamento das pessoas deficientes (p.66).

Omote alerta para o perigo desse tipo de definição, pois, segundo o autor, a deficiência é uma construção social. Certa audiência pode determinar uma característica como desviante do padrão e estigmatizá-la como deficiência. Na verdade, o desvio nem sempre constitui um problema, ou algo que afeta a (con)vivência de seus portadores. “Portanto, trata-se de uma questão antes política que lógica ou científica (médica, psicológica ou educacional)” (p.67). A deficiência não é algo que emerge com o nascimento de alguém ou com a enfermidade que alguém contrai, mas é produzida e mantida por um grupo social na medida em que interpreta e trata como desvantajosas certas diferenças apresentadas por determinadas pessoas (p.68,9).

Omote também alerta para a perigosa armadilha pela qual o estudioso da deficiência pode ser pego ao estudar o tema. Segundo ele, a “ciência lhe ensina uma série de coisas acerca da deficiência concebida como atributo” (p.71), mas, ao entrar em contato prático com os serviços administrativos destinados aos deficientes, o conceito é bem diferente do aprendido pela ciência. “Não encontra mais o caminho epistemológico que aprendeu a trilhar” (p.71). Sendo assim, o estudioso é levado a trilhar outro caminho epistemológico, “cujos critérios e requisitos para se considerarem corretos os conhecimentos administrativos levam esse estudioso a institucionalizar preconceitos e conferir-lhe um suporte científico aparente” (p.71).


Vale enfatizar – exposto isso – que devemos sempre interpretar a partir de qual contexto e de qual audiência a deficiência é interpretada para não cairmos no erro descrito acima.

Cabe-nos, então, aconselhar a leitura deste breve artigo publicado pela Revista Brasileira de Educação Especial como uma forma introdutória ao tema deficiência. Além disso, Omote, ao discutir o assunto, apresenta muitas fontes bibliográficas para aprofundar os temas abordados nesse artigo, o que – para os interessados – será de grande valia.

1 de setembro de 2009


O jornalista Victor Klier criou uma revista em quadrinhos um pouquinho "diferente": começando pelos personagens.


A líder da turma é a Febeca, uma cadeirante por lesão medular, mas há muitos outros personagens que merecem ser conhecidos: e são todos "reais", pois inspirados em pessoas que são "gente como a gente". Febeca (a personagem) é muito sapeca e sempre está aprontando alguma travessura.


As histórias são cheias de humor, leveza e muito apaixonantes. É inclusão com criatividade!


Recomendo a todos um instante de ludicidade inteligente... entrem no site abaixo e conheçam uma forma alternativa de falar de inclusão de pessoas com deficiência.